segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sobre o discurso da obra intervenção "Esfinge" 1993
Era véspera do mês de aniversário de Sabará, então eu disse ao prefeito que estaria fazendo uma homenagem à cidade, algo do tipo Europa x África, esses discursos massantes sobre a colonização, etc...A verdade é que eu estaria homenageando o meu filho, que até então estaria no 5° mês de gestação. Eu me transcendia de felicidade a todo momento, e queria que todos vissem a minha emoção plasmada naquele tronco de palmeira.
Sobre o projeto "Esfinge"
Sérgio Pacheco sentado no banco da praça Melo Viana, em frente à sua obra
A intervenção sobre a palmeira aguçava a curiosidade dos transeuntes com seus olhares questionadores. A imprensa local manifestou interesse àquela minha expressão. Fotografaram minha ação, fizeram perguntas pertinentes à obra em conclusão. Facilitei o trabalho da imprensa com o meu release, mas publicaram um texto totalmente distorcido, ironizando e ignorando tudo que eu havia dito com maior seriedade. Achei uma estupidez! Não temos uma imprensa sensível e muito menos culta. - Pensei.
Vejam quanto deboche:
Vejam quanto deboche:
Esfinge - 1993
Esta foi a obra foi a mais polêmica, devido ao suporte utilizado para a manifestação idealizada por mim. Neste ano pedi autorização ao prefeito, falei da minha intenção, mostrei o projeto para a sua apreciação. Então, após aprová-lo argumentou: -Vê lá o quê você vai me aprontar, heim, véio, referindo-se a forma fálica da palmeira sem folhas. Aquela árvore fadada ao apodrecimento me inspirou a fazer uma intervenção artística, onde milhares de pessoas pudessem vê-la. E assim, materializei o meu intento com sucesso na praça Melo Viana, centro histórico de Sabará.
Estimo que milhares de pessoas tenham visto essa minha obra!
Desde então, intervenções como essa repetiram em outras ocasiões.
Desde então, intervenções como essa repetiram em outras ocasiões.
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