Girassóis - Acrílico s/compensado - 25 x 60 - 1988

Experimentando novas formas e cores - 1988

Mar vermelho - Acrílico s/compensado - 25 x 60 - 1988
Melanciando - Acrílico s/tela - 20 x 60 - 1988

Em busca de novas formas e cores, experimentei trabalhar com figuras geométricas, aquelas que já me davam prontas a ideia proposta. Procurei materializar essas formas de maneira frontal e simétrica, usando temáticas simples, cores chapadas e evitando rebuscações com elementos que não comprometessem toda a unidade. Enfim, uma pintura suave e ao mesmo tempo questionável. Entre várias telas, só me restaram essas como exemplo , aliás, as primeiras de uma série. Antes de ir para São Paulo, eu havia deixado essas três telas guardadas em meus pertences. Assim, que me retornei a passeio em Sabará, já não as tinha mais. Uma foi parar na vizinhança, outra servia de tapume na cerca do quintal e a última virara porta de sótão. A opção que tive era fotografar e registrá-las.

Divulgando meus poemas ilustrados - Suplemento Literário do Estado de Minas Gerais

Acesse: http://www.recantodasletras.com.br/ Buscar sergio pacheco

Certa vez, estive na Imprensa Oficial exibindo meus poemas. Então, os apresentei ao escritor Manoel Lobato para uma possível publicação, tipo aquelas dos poetas renomados, premiados, etc. Ele os leu minuciosamente. Em seguida me olhou com aquela cara de papai noel com óculos fundo de garrafa e disse: - ¨Você como poeta, é um ótimo pintor¨

Flores roxas - Tinta tipográfica s/papel cartão - 30 x 20 - 1987

Laranjas da terra - Tinta tipográfica s/papel cartão - 25 x 20 - 1987

Quaresmeira - Tinta tipográfica s/papel cartão 25 x 20 - 1987

Manacá - Látex s/papel cartolina - 20 x 20 - 1987

Maçãs e limões - Guache s/papel cartão - 30 x 20 - 1987

Flores amarelas - Tinta tipográfica s/papel craft - 40 x 30 - 1987

Um vaso florido - Tinta tipográfica s/papel craft - 40 x 30 - 1987

Duas frutas - Lápis de cor e colagem s/papel couché - 20 x 30 - 1987

Hortifruti - Colagem s/papel couché - 30 x 20 - 1987

Vale verde - Guache s/papel cartão - 20 x 10 - 1987

Feliz Natal - Aquarela e bico de pena - 10 x 05 - 1987

Quaresmeira - Tinta tipográfica s/papel cartão - 30 x 20 - 1987

Sol vermelho - Guache s/papel cartão - 30 x 20 -1987

Lady Jane - Colagens e desenho a grafite - 40 x 30 - 1986

Este quadro deu início às primeiras ilustrações dos meus poemas

1987 - 1988 Pinturas e Poemas x Inferno Astral

Foto tirada em 1986 durante uma pausa da divulgação do besteirol: "Sem nexo, sem plexo¨

Foi a fase mais difícil da minha vida. Talvez, pelo fato impreterível do encontro comigo mesmo. Olho no olho, cara a cara com a inevitável realidade. Revisar meu projeto de vida profissional, artístico, passional e principalmente espiritual. Como disse Chico Xavier: ¨O nosso pior momento na vida é sempre o momento de melhorar¨. Eu fazia minhas poesias e as ilustrava, e as vendia nas praças aos turistas e outros. A pintura e a poesia sempre serão meus fiéis aliados nesta minha existência corpórea. É a maneira mais sensata de sentir a presença de Deus em mim. Porém, o fardo daquele inferno astral não deixou sequelas, e sim, força, criatividade e a certeza de que a arte é um carma muito bom ou a cara metade de todo artista.

As cores das sombras - Acrílica s/eucatex - 60 x 80 - 1986

Trabalhar as projeções das sombras com variações cromáticas foi uma proposta intensa,

lúdica e clean. Eu queria um resultado feng shui que transcendesse uma atmosfera feminina e decorativa. Acho que fui feliz nesse meu intento. Enfim, pintei sombras até a exaustão.

Modelo vivo - Nankin s/papel canson molhado - 40 x 30 - 1985

Modelo vivo - Nankin s/papel canson molhado - 30 x 40 - 1985

Modelo vivo - Nankin s/papel canson molhado - 40 x 30 - 1985

Modelo vivo - Nankin s/papel canson molhado - 30 x 40 - 1985

Escola Guignard - 2º Semestre de 1985 - Modelo vivo

Estes desenhos foram feitos durante as aulas de Desenho Livre na Escola Guignard. Então, ministradas à noite pela professora Cristina Conrradi. Desenhávamos também fora da escola. Muitas vezes no Terminal Rodoviário de BH. Desenho de observação e desenho de modelo vivo. Neste ano, a Guignard funcionava embaixo do Palácio das Artes.

CONSIDERAÇÔES SOBRE A GERAÇÃO 80

A geração de 80 foi muito bem obrigado. Muito bom para todas as artes; tanto para obras prematuras, quanto às maduras demais. Obras que nunca terão seus prazos de validades vencidos. Artistas engajados, com suas crias atemporais. Foi uma década explosiva, ilimitada, um tremendo boom. Época que ainda tínhamos em vida Pablo Picasso, Miró, Salvador Dalí, Andy Warhol, enfim, influências incontestáveis de maturidade e contemporaneidade mundiais. Geração 80, quantidade & qualidade. Não sou nenhuma celebridade artística, mas sobrevivi e vi com meus próprios olhos ascensões e quedas de muitos, naquele momento de resistência em que vomitávamos nossas vísceras, nossas angústias, decepções, frustrações e medos; momento de contração, tensão e luta. Anos 80 foi um caldeirão filosófico, o universo em convulsão ou um manicômio nacional.

Sérgio Pacheco

Ilustrações - REVISTA AMAE EDUCANDO - 1987

1986 a 1987 - Fui arte finalista na Artes Gráficas Siracusa, onde executei serviços de past up, diagramações e ilustrações. Naquele tempo, ainda não existia a computação gráfica; tudo era feito artesanalmente. As letras decalcáveis, retículas, símbolos e adornos, ambos criados pela LETRASET, eram recursos que tínhamos para confecção de logomarcas, cartazes, folders, malas diretas, capas de livros e revistas.

Criador & Criatura

Desenho original: Nankin s/papel opaline - 30 x 20 - 1987

Concurso de cartuns - O Pasquim 1987

No momento da impressão inverteram o fotolito; por isso estou corrigindo a gafe cometida naquela época.

Ilustração para o Jornal Zona Norte - 1988

Trabalho encomendado por Sérgio Antônio Pinto para ilustração do texto Raizes Negras

Literatura e Artes Visuais

Em textos que tais fundou-se a prática de pintores e poetas durante séculos; aqueles iam buscar, para suas composições, inspirações nos temas literários, e estes tentavam pôr diante dos olhos dos leitores imagens que somente as artes visuais, ter-se-ia pensado, poderiam adequadamente oferecer. Uma vista de olhos a uma antiga tradição que remonta à descrição do escudo de Aquiles feita por Homero convencer-nos-à facilmente de que poesia e pintura têm marchado constantemente de mãos dadas, numa fraterna emulação de metas e meios de expressão.

Mario Praz